"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

sábado, 19 de abril de 2014

Via Lucis

     Estações segundo os relatos evangélicos da Ressurreição à Pentecostes.

     
     Há uma devoção popular com tradição desde a Idade Média, que é a Via Crucis (o Caminho da Cruz). Nele se recorrem aos momentos mais sobressalentes da Paixão e Morte de Cristo: desde a oração no horto até a sepultura de Seu corpo. Mas essa é a primeira parte de uma história que não acaba em um sepulcro, nem sequer na manhã da Ressurreição, mas que se estende até a efusão do Espírito Santo e Sua atuação maravilhosa.

     Desde o Domingo de Páscoa até o de Pentecostes houve cinqüenta dias de acontecimentos, inolvidáveis e transcendentais, que os próximos à Jesus viveram intensamente, com uma gratitude e uma alegria inimagináveis.

     De igual forma que as etapas de Jesus em caminho do Calvário converteram-se em oração, queremos seguir também à Jesus em Seu caminho de glória. Este é o sentido último desta proposta: um convite a meditar a etapa final da passagem de Jesus pela terra.

     A Via Lucis, "Caminho da Luz", é uma devoção recente que pode complementar a da Via Crucis. Nela percorrem quatorze estações com Cristo triunfante desde a Ressurreição à Pentecostes, seguindo os relatos evangélicos. Incluímos também a vinda do Espírito Santo porque, como diz o Catecismo da Igreja Católica: "No dia de Pentecostes (no fim das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina" (nº 731).

     A devoção da Via Lucis se recomenda no Tempo Pascal e todos os domingos do ano que estão muito estreitamente vinculados à Cristo ressuscitado.

     Como rezar a Via Lucis

     Para rezar a Via Lucis, em que compartilhamos com Jesus a alegria de Sua Ressurreição, propomos um esquema similar ao que utilizamos para rezar a Via Crucis:
- Enunciado da estação;
- Apresentação ou monição que enquadra a cena;
- Texto evangélico correspondente, com a citação dos lugares paralelos (nas duas últimas estações tomamos o texto dos Atos dos Apóstolos);
- Oração que pretende ter um tom de súplica.

     Se se deseja, depois do enunciado de cada uma das estações, pode-se dizer:

V/ Verdadeiramente ressuscitou o Senhor, Aleluia.
R/ Como anunciaram as Escrituras, Aleluia.
V/ Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.
R/ Como era no princípio, agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.

     Nossa disposição inicial

     Os acontecimentos da Via Crucis concluem-se no sepulcro, e deixam, talvez, em nosso interior, uma imagem de fracasso. Mas esse não é o final. Jesus com Sua Ressurreição triunfa sobre o pecado e sobre a morte.

     E, ressuscitado, dedicará nada mais que quarenta dias em devolver a fé e a esperança ao seus. Depois lhes deixará dez dias de reflexão - como jornadas de retiro e oração - em torno à Maria, para que recebam a força do Espírito que lhes capacite para cumprir a missão que Ele lhes confiou.

     Nos encontros de Jesus com os seus, cheios de intimidade e de esperança, o Senhor parece jogar com eles: aparece de improviso, onde e quando menos se espera, os enche de alegria e fé, e desaparece deixando-os de novo esperando. Mas depois de Sua presença vem a confiança firme, a paz que já ninguém poderá arrebatar-lhes. Tudo se ilumina de uma luz nova.

     A Via Lucis é o caminho da luz, da alegria e felicidade vividos com Cristo e graças à Cristo ressuscitado. Vamos viver com os discípulos sua alegria transbordante que sabe contagiar à todos. Vamos deixar-nos iluminar com a presença e ação de Cristo ressuscitado que vive para sempre entre nós. Deixemo-nos preencher pelo Espírito Santo que vivifica a alma.

Fonte: La Oración

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