"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ginecologistas ingleses retiram a máscara

Durante décadas, a propaganda abortista buscou demonstrar que o aborto não matava à uma criança, mas unicamente à um "grupo de células" que depois, em algum momento que não estava claro, se converteria em uma criança. Parece ser, contudo, que os promotores do aborto consideram que já não é necessária a propaganda e pode-se dizer as coisas como são.

Há uns dias, foram publicadas as Diretrizes sobre o cuidado das mulheres que desejam um aborto provocado, do Real Colégio de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido. É sabido que, dentro da Europa Ocidental, Inglaterra foi a pioneira na legalização do aborto. Por isso, o aborto foi convertido em algo adquirido e à que todo mundo está acostumado, assim que já não há que convencer ninguém de nada. Nestas diretrizes da associação oficial dos obstetras e ginecologistas britânicos, se mostra claramente que os médicos sabem que estão matando crianças que em nada se diferenciam de um bebê nascido...e não os importa em absoluto. Não sou que digo, o dizem os médicos. Vejamos os textos do próprio documento:

Recomendação 6.21:
"Deveria realizar-se um feticídio antes de realizar o aborto médico que se produza depois de 21 semanas e 6 dias de gestação, para assegurar que não haja nenhum risco de que o feto nasça com vida."

Dificilmente poderia dizer-se mais claro. Se o feto é suficientemente maior, há que matá-lo antes do aborto porque, de outro modo, poderia perfeitamente nascer vivo. E esse é um risco que não se pode correr. Não se colocava antes tanto cuidado em dizer "interrupção da gravidez" em lugar de aborto? Contudo, os ginecologistas britânicos deixam claro que interromper a gravidez não é o que se busca, porque em alguns casos poderia interromper-se a gravidez mas com uma criança nascida viva, assim que o que há que fazer é matar primeiro a criança. Isso é o que se quer e não outra coisa.

O documento segue dizendo:

"Provocar a morte do feto antes do aborto médico pode ter conseqüências benéficas de tipo emocional, ético e legal."

Esta frase é de uma desfaçatez assombrosa. Conseqüências emocionais benéficas? Claro, é compreensível. Se em lugar de matá-lo e tirá-lo da mãe fizerem o oposto, à essa mulher poderia resultar emocionalmente prejudicial  ver como liqüidavam à seu filho diante de seus olhos. Recorda também o documento, supondo que sem ver a ironia do assunto, que "em um estudo, 91% das mulheres indicou que preferia que o feto fosse morto" ao realizar a interrupção da gravidez.

Conseqüências legais benéficas? Pois sim, porque pela absurda contradição das leis abortistas, se se realiza o aborto e a criança nasce viva, matá-la é um delito, como que matá-la primeiro e logo realizar o aborto está permitido. Esquizofrenia jurídica da pior espécie. Quiçá o mais cínico seja o das conseqüências benéficas de tipo ético, porque quem pode ver uma diferença ética entre matar a criança dois minutos antes de tirá-la do seio de sua mãe ou dois minutos depois? Somente alguém que não se importa com a ética.

O ser humano se acostuma à tudo e até os atos mais horríveis engendram a indiferença com o tempo. Basta ver como se fala do assunto com uma naturalidade lúgubre:

"Quando há uma decisão de abortar uma gravidez depois de 21 semanas e 6 dias, deveria oferecer-se de forma rotineira o feticídio [...] se não se realiza o feticídio,  o feto poderia nascer vivo e sobreviver, o qual contraria a finalidade do aborto."

É chamativo que alguém possa usar a palavra feticídio e rotineiramente na mesma frase. Não nos dizia que o aborto era uma tragédia tristemente necessária para salvaguardar a saúde ou liberdade da mulher? Aqui, mudando, se dizem as coisas como são: se oferece rotineiramente matar o feto antes de interromper a gravidez. A tragédia se converteu em uma rotina.

Em qualquer caso, esta é a frase mais clara, com a qual a máscara cai definitivamente: "se não se realiza um feticídio, o feto poderia nascer vivo e sobreviver, o qual contraria a finalidade do aborto".
Reconhecem que a criança poderia nascer viva nesse momento, assim que há que matá-lo, porque "essa é a finalidade do aborto". A verdadeira finalidade do aborto não é interromper a gravidez, nem salvaguardar a saúde ou liberdade da mãe, nem nenhuma outra coisa mais que conseguir matar a criança.

Como realizar o feticídio? Muito fácil:
"O Real Colégio de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido recomenda uma injeção de cloreto de potássio [...] no ventrículo cardíaco. Poderia necessitar-se uma segunda injeção se não foi produzido uma assistolia em 30-60 segundos."

Ou seja, ao feto lhe injetam uma substância tóxica no coração, se o coração não parar, lhe injetam uma segunda injeção para assegura-se. Segundo dizem no mesmo documento, também é possível colocar no feto uma injeção dentro do tórax de digoxina ou outra injeção no coração de lidocaína. Essas suas técnicas têm o perigo de que "não provoquem sempre o falecimento do feto".

Em qualquer caso, nos asseguram que "o feto não pode experimentar dor em nenhum sentido" neste momento. Em primeiro lugar, é uma afirmação com duvidosa validez científica. Basta ver em que se baseiam: "está claro que as conexões da periferia do córtex cerebral não estão intactas antes das 24 semanas de gestação e, segundo crêem a maioria dos neurologistas, o cótex cerebral é necessário para a percepção da dor, podendo-se concluir que o feto não pode experimentar dor em nenhum sentido antes deste momento da gestação". Basta um conhecimento básico de lógica para entender que "não estão intactas" não é equivalente à "não existem", que a crença da maioria dos neurologistas não é um dado científico e que, desde logo, das duas premissas anteriores não se pode tirar nenhuma conclusão categórica com direito a levar o nome de científica. Em segundo lugar, outro mero exercício de lógica básica mostra que o assunto da dor é moralmente irrelevante neste caso, porque matar à alguém não é substancialmente mal ou bom dependendo da dor que se inflija, o grave é matar.
Ou alguém pensa que o assassinato de um adulto já não é delito se se faz enquanto dorme para que não sofra?

Creio que este documento mostra algo muito claro. Chegamos ao ponto em que promotores do aborto, ao menos em alguns países, crêem que podem tirar a máscara sem perigo. Não se envergonham de mostrar que tudo o que nos disseram para ir introduzindo pouco à pouco o aborto em nossos países era falso. Já não lhes importa.

Fonte: InfoCatólica (Tradução livre)

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