"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A superioridade científica e tecnológica do Cristianismo

Do Capítulo XI (pgs. 169-171) do livro do Prof. Felipe Aquino, Uma História que não é contada:

Jaki mostra que em sete grandes culturas (Arábica, Babilônica, Chinesa, Egípcia, Grega, Hindu e Maia) a ciência nasceu morta por causa da concepção errônea do mundo e pela falta da crença em um Criador transcendente que estabeleceu a Criação em leis físicas, como a Igreja sempre acreditou. A concepção falsa de que o universo era um grande organismo governado por uma multidão de divindades e destinado a existir em ciclos contínuos de nascimento, morte e renascimento, tornou impossível o desenvolvimento da ciência. Este animismo das culturas antigas, cujo conceito era de que a divindade era imanente às coisas criadas (panteísmo) impediu o crescimento da ciência porque excluía a possibilidade de leis naturais constantes que pudessem ser estudadas.
Por outro lado, a visão cristã de um mundo criado por um Criador, e distinto Dele, com leis próprias e permanentes - diferente do panteísmo, onde tudo é deus - abriu as portas da ciência para a investigação, o que não aconteceu com os povos citados.
Segundo Jaki a Babilônia antiga é um bom exemplo para se entender isso; a sua maneira de ver o mundo impediu o desenvolvimento da ciência porque a desencorajava. Eles concebiam a ordem natural tão incerta que somente uma cerimônia anual poderia ajudar na prevenção de uma catástrofe cósmica total. A superstição sufocava a ciência na vida desses povos; isto não aconteceu na Europa cristã da Idade Média.
Os estudiosos mostram que uma cultura similar impediu o desenvolvimento da ciência na China. Joseph Needham (1954), um historiador marxista, paradoxalmente, diz que a culpa foi do esquema religioso e filosófico da China. Ele afirma que os intelectuais chineses eram incapazes de acreditar na ideia de leis fixas na natureza, por causa da concepção de um legislador divino impondo ordens sobre a natureza, independente de leis que a regessem.
No caso do islamismo, embora este não professe o panteísmo, no entanto, também os seus intelectuais rejeitavam totalmente uma concepção que envolvesse leis físicas consistentes, por causa da absoluta autonomia de Allá, que não podia ser restrita de forma alguma por leis naturais. As leis naturais eram vistas apenas como aparentes, não mais do que meros hábitos de Allá e que poderiam ser mudadas em qualquer tempo. É claro que isto bloqueou o caminho do desenvolvimento da ciência experimental.
Por tudo isto Stanley Jaki defende que a teologia católica sustentou o desenvolvimento científico no Ocidente. Por outro lado, ele mostra que as culturas antigas, pagãs, acreditavam, como também Aristóteles, que o mundo e seu movimento fossem eternos, sem começo e sem fim, um deus; este conceito bloqueou o desenvolvimento da ciência experimental pois não admitia a importante noção da lei da inércia e da impulsão, da física.
Por outro lado, o pensamento teológico cristão nunca colocou Deus como arbitrário diante de sua Criação, mas sempre encarou a natureza dotada pelo Criador por leis permanentes, inteligentemente padronizadas e inteligíveis. Isso impulsionou o desenvolvimento da ciência por parte dos homens da Igreja.

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