"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os sedevacantistas adoram as profecias de La Salette. Não sei porquê.

Lendo os comentários dessa postagem no blog do Pe. Clécio, vemos o quanto essa seita é demoníaca.
Pe. Clécio afirmou que "Roma não pode apostatar!". Alguns comentaristas se valeram de deboches, mas no final Pe. Clécio está certo! É dogma que o Romano Pontíficie sempre terá sucessores (Concílio Vaticano I, Cânon 1825).
Como os "sedes" e os adeptos do tradicionalismo conseguem deturpar tanto o que Nossa Senhora disse em La Salette?
Nossa Senhora disse: "Roma perderá a fé e será a sede do Anticristo".
Segundo eles, isso prova que a Sé está vacante. Quer dizer que Nosso Senhor Jesus Cristo é um farsante (São Mateus 16, 18)? Não vêem que a literalidade dessa mensagem entra em contradição com a de Fátima (como se o tempo do Anticristo fosse hoje ou no futuro)?
O uso dessa linguagem é apocalíptica. Além do mais, não se pode afirmar que Ciclano seja o Anticristo a partir de revelações privadas.
Quero ver alguém debochar da doutrina da Igreja agora.

16 comentários:

Ana Souza disse...

Na minha opinião ali n postou nenhum sedevacantista.

N gosto daquele blogue; padre que n vê problema no CVII é suspeito pra mim.

Sara Rozante disse...

Ana, alguém que debocha de uma verdade de fé, no mínimo está no meio fio.

Bom, se o padre vê ou não problema no Vaticano II, não sei. Só sei que não tenho conhecimento suficiente sobre o Concílio, e sigo o pensamento do Santo Padre: se há um problema, voltemos nossos olhos para a Igreja de Sempre (a famosa hermenêutica da continuidade). Afinal, tudo, absolutamente tudo, devemos ter em vista a Tradição (da Igreja, claro).

AJPM,

Anônimo disse...

Sara,

Você escreve: "Só sei que não tenho conhecimento suficiente sobre o Concílio (...)".

Como pode uma pessoa que sequer tem conhecimento sobre o assunto mais comum e óbvio nesta crise medonha que nos encontramos se aventurar a tecer comentários sobre coisas que não conhece e que sequer está preparada para opinar?
Prezada, antes de falar sobre assuntos relacionados a fé e a moral é preciso se preparar, é preciso estudar, é preciso se aprofundar. Pare de ser palpiteira, porque de palpiteiros a internet já está cheia. Não seja mais uma a poluir ainda mais com lixos conjecturais aquilo que já se encontra bastante contaminado!
Dois mais dois são quatro, quer você queira, quer não. A água molha, quer você queira, quer você não queira. O fogo queima, independente de você estrebuchar contra isso ou não. A SEDE ESTÁ VACANTE, quer você queira, quer você aceite, ou não!

Abraços cordiais (pode crer que são sinceros),

Sandro Pelegrineti de Pontes

Sara Rozante disse...

Deixando o ad hominem de lado, gostaria de saber como vocês (sedevacantistas) vêem o Cânon 1825 do Vaticano I.

AJPM,

Anônimo disse...

Sara,

Os sedevacantistas não negam ser de direito divino e por instituição do próprio Cristo que S. Pedro tenha, no tempo, perpétuos sucessores no primado da Igreja Católica. Ocorre que a doutrina da Igreja não diz que não possa haver interregnos maiores, inclusive de muitos anos, entre um papa e outro. Isso já foi debatidos pelos teólogos no passado que disseram que vários anos sem um papa não significa falha nas promessas de Cristo.
Agora diga-me você o que pensa do Cânon 1836.

Abraços,

Sandro

Rodrigo disse...

Prezada Sara,

Salve Maria,

Esse é o cânon referente à sua pergunta:
1825. [Cânon] Se, portanto, alguém negar ser de direito divino e por instituição do próprio Cristo que S. Pedro tem perpétuos sucessores no primado da Igreja universal; ou que o Romano Pontífice é o sucessor de S. Pedro no mesmo primado – seja excomungado

A sua pergunta é simples de ser respondida:
Por acaso você já estudou sobre os períodos de vacância nos quais a Sé Apostólica foi submetida?
Pois então, se ainda não estudou procure estudar, pois a Igreja já passou por perídos longos de vacância.
Isto estaria em contradição com o cânon citado?
Tenho certeza que não.
O Cânon quer dizer que São Pedro terá perpétuos sucessores no primado da Igreja Universal se interpretado no sentido que sempre será eleito um novo papa na sucessão do bispo de Roma, mas não quer dizer que a Sé Apostólica nunca ficaria vacante.

Você sabia que também a Igreja já teve vários anti-papas e que estes foram condenados posteriormente por outros papas?

Esse fato por acaso poderia indicar que as portas do inferno tenham prevalecido sobre a Igreja?
Tenha certeza absoluta que não.

Por favor, estude e intere-se do assunto.

Que Deus lhe dê Suas luzes.
Rodrigo Santana

Sara Rozante disse...

Sandro e Rodrigo,

Digo-lhes que antes mesmo de ler e aprovar os vossos comentários, refleti sobre o Cânon que postei. Com clareza podemos ver que ele não objeta que não haverá um interregno de longa duração.
Mas não consigo conceber como a Sé de Pedro pode ficar tanto tempo sem um seu sucessor.
Perguntar não ofende: então Deus deixaria seu rebanho ser guiado por "falsos pastores", e assim se perdendo com sua anuência?

AJPM,

Sara Rozante disse...

Sandro,

O Cânon 1836, resumidamente, diz que o Romano Pontíficie deve conservar intacta a Sã Doutrina.
Mas a questão é a seguinte: por quê não podemos interpretar o CVII sob a égide da Tradição?
Aliás, todos os documentos da Igreja deveriam ser lidos com essa intenção. É até engraçado, pois creio que é uma atitude de certo modo, óbvia.

Bom, mas seguirei seu conselho e lerei os documentos do Concílio, para poder falar com mais conhecimento.

AJPM,

Ana Souza disse...

Ana, alguém que debocha de uma verdade de fé, no mínimo está no meio fio.
N entendi!

Sara Rozante disse...

Ana, eu quis dizer que os comentários postados lá no blog do Pe. Clécio, dão a entender que os comentaristas não observam o Cânon (1825) por mim postado.

AJPM,

Ana Souza disse...

A tá!

****** Quando vc começar a ler o CVII vai ficar indignada. O mesmo com o código direito canônico ou o catecismo. Poupei meus olhos do lixo e minha mente da violência que fizeram.

O blogue pacientes na Tribulação é na minha opinião, o melhor que explica sobre toda essa a lama CVII.

Tem tb muitos artigos feitos por padres no site da FSSPX e livros para download.

Anônimo disse...

Sara,

Vi em sua última mensagem um tom bem mais ameno e a intenção sincera de corrigir algumas falhas, pois você disse, demonstrando humildade:

“(...) seguirei seu conselho e lerei os documentos do Concílio, para poder falar com mais conhecimento”.

Prezada, suas palavras muito me alegraram. Realmente, você há de convir que estes assuntos são por demais espinhosos para que nós o tratemos sem o devido conhecimento. Mas Deus irá lhe recompensar pela forma como se pronunciou, dando um passo atrás que lhe colocou, certamente, mais próxima aos ensinamentos dos grandes santos de nossa Igreja. Por exemplo, São Tomás ensina que quem defende uma causa certa com argumentos errados presta um desserviço a Igreja. Palavras fortes estas, não?
Agora mesmo estou fazendo uma série de refutações contra supostos erros nos livros deuterocanônicos apontados pelos protestantes e tenho pesquisado muito para isso, tendo encontrado, até mesmo nos sites Montfort e Veritatis que possuem ótimos textos neste sentido, argumentos em favor da Igreja que não podem ser usados de jeito nenhum!!!!!
Você me pergunta se os documentos da Igreja devem sempre ser lidos sob a égide da Tradição. Claro que sim, mas me responda uma coisa: a quem os documentos da Igreja são dirigidos? Eles são dirigidos primeiramente aos bispos, que devem lê-lo, compreendê-lo de acordo com a mente e a vontade do papa e depois apresentá-lo aos fiéis. Deste modo peço que leia sempre os ensinamentos de Dom Mayer e Dom Lefebvre sobre os documentos conciliares, eles são clérigos autorizados por Nosso Senhor para fazer esta interpretação. Em especial o livro "Do Liberalismo a Apostasia", de Dom Lefebvre, uma verdadeira obra de arte no sentido de traduzir fielmente e sabiamente aquilo que a Igreja sempre ensinou e que foi negado no Vaticano II. Não deixe de ler este livro de jeito nenhum, ele é de fundamental importância na atual situação e mudará sua forma de ver as coisas, dando-lhe o entendimento necessário sobre o tamanho da crise.
Sara, o Vaticano II ensinou muitas coisas que a Igreja sempre condenou, instaurando o caos e a anarquia nas santas leis de Deus, de modo que nós, leigos, que a principio não teríamos a menor competência para lermos tais documentos precisamos, excepcionalmente, utilizarmos nossas faculdades racionais para termos convicção de que aquilo que está ensinado no Vaticano II não poderia vir de Roma em hipótese nenhuma, que os novo sacramentos não poderiam, em hipótese nenhuma, serem promulgados pela legitima autoridade católica, sempre amparada pelo Espírito Santo naquilo que se refere à fé e a moral. Em tempos normais, antes de Pio XII, Deus se riria, no céu, se visse nós, leigos, querendo interpretar contra a autoridade papal documentos promulgados pelo magistério da Igreja. Isso seria algo que pagaríamos até mesmo com a perca da vida eterna. Mas hoje a apostasia vem de cima, e é nítida, facilmente perceptível pela razão e até pelos sentidos. Por exemplo, um camponês das décadas de 30 ou 40do século passado se visse o papa rezando em Assis com adeptos do Vodu saberia, sem ser teólogo, que aquilo é ato de apostasia pública da fé católica (porque ele teria aprendido com o pároco desde criança ser pecado mortal participar ativamente de tais cultos). Ele saberia isso sem ser teólogo, sendo analfabeto, apenas batendo o olho em uma fotografia. Hoje em dia a crise é tão grande que até aqueles que conhecem bem a doutrina da Igreja e a defendem contra as heresias conciliares visualizam o “santo padre” rezando com demônios e incentivando-os a manterem-se em suas religiões e não compreendem que aquilo é apostasia da fé católica que gera excomunhão automática.
É o sinal dos tempos, prezada, sinal dos tempos...
Abraços sempre sinceros,

Sandro de Pontes

Rodrigo disse...

Sara,

Salve Maria!

Vivemos uma crise daquelas nunca antes cogitadas na história da Igreja Católica.
Estamos frente à Paixão do Corpo Místico de Cristo – A Igreja – que segue os passos de sua Divina Cabeça – Nosso Senhor Jesus Cristo – sobe o Calvário e é cravada na Cruz.
Veja isto no parágrafo nº 677 do Catecismo da Igreja Católica (cito a fonte como argumento ad hominen pois não dou adesão aos ensinamentos deste catecismo) e também em outros escritos de teólogos da Igreja. No tempo da Paixão de Cristo ele foi negado pelo povo judeu, por seus sumos sacerdotes e pelo mundo pagão na pessoa de Pôncio Pilatos.
A Igreja daí também teria sua Fé negada por seu próprio clero heretizado e pela grande maioria do povo “católico”. Deus permitiu que o povo escolhesse a Barrabás para que se cumprisse seu plano salvífico e hoje o mesmo Deus permite que sua Igreja seja entregue nas mãos dos malfeitores para ser crucificada e morta. E esta crucificação da Igreja quer dizer a negação da Fé Católica. Deus permitiu que fosse condenada a Igreja Católica como se ela fosse uma malfeitora e solta a anti-igreja conciliar, a grande babilônia, meretriz mencionada no Livro do Apocalipse. Esta anti-igreja tem sua própria doutrina (do CVII), seus próprios sacramentos, pois é um corpo místico do Anticristo.
Por favor, leia alguns comentários no link abaixo:

http://doctorisangelici.blogspot.com/2010/11/citacoes-que-confirmam-paixao-da-igreja.html

E tenha certeza de que esse fato não seria o prevalecimento das portas do inferno sobre a Igreja, mas apenas o cumprimento dos vaticínios, pois a promessa de Cristo para sua Igreja tem seu cumprimento na Ressurreição da Igreja, do mesmo modo que Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia.
Sobre o fato do período de vacância, só para ilustrar, cito o conclave que elegeu à Gregório X que durou quase três anos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Greg%C3%B3rio_X

Você por acaso já leu a Bula Cum ex apostolatus officio do Papa Paulo IV?
http://cumexapostolatusofficio.blogspot.com/2008/08/bula-cum-ex-apostolatus-officio-papa_09.html

Que a Virgem Santíssima lhe guarde!
Rodrigo Santana.

AJBF disse...

Sra. Rozante pergunta: "Mas a questão é a seguinte: por quê não podemos interpretar o CVII sob a égide da Tradição?"

Resposta: O sentido de um texto não está numa interpretação pós-facto, mas sim na mente dos seus elaboradores. Se é necessária uma "interpretação conforme a tradição" posterior ao próprio significado intrínseco do texto, isso significa que o texto em si é no mínimo equívoco. No máximo, heterodoxo.

Pe. Paulo Ricardo comete o mesmo erro que a sra.

Ele já foi refutado na tese de "interpretar o CVII conforme a tradição". Se você conhece a obra dele (Vaticano II: Ruptura ou Continuidade?) e quer uma refutação, peça-me por e-mail que eu te mandarei.

Sem mais,

AJBF.

AJBF disse...

"Mas a questão é a seguinte: por quê não podemos interpretar o CVII sob a égide da Tradição?"

Respondo: Porque o texto não deve ser interpretado segundo claves que favoreçam ou prejudiquem a ortodoxia intrínseca do texto - ele deve ser interpretado segundo a sua LETRA, ou seja, segundo ou que ele efetivamente diz.

Interpretar um texto sob a "édige da tradição" significa... distorcê-lo. Porque, se ele possui um texto com uma linguagem objetivamente contrária à linguagem tradicional, contrária à teologia tradicional da Igreja, contrária à verdades infalivelmente estabelecidas pelo Magistério Católico anterior, contrárias à verdades de fé Divina presentes nas Sagradas Escrituras, certamente ele não pode ser "interpretado" de modo benévolo sem os mais incríveis malabarismos.

Essa tese - absurda - é exposta de modo mais denso e documentado pelo Pe. Paulo Ricardo no seu livro "Vaticano II: Ruptura ou Continuidade"?

Se quiser uma refutação a essa tese de Pe. Paulo Ricardo (e se quiser ler a própria tese...), procure-me e responderei.

Sem mais.

AJBF

Sara Rozante disse...

Sr. Baccaro, ainda não tive contato com essa obra do Pe. Paulo Ricardo.
Mas como estou estudando o Concílio, é de grande valia qualquer texto, artigo, que quiseres me mandar.

AJPM,

A autora

Minha foto
Filha da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.