"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pesquisa indica que 70% dos estudantes paraguaios apoiariam ditadura

Uma pesquisa realizada pelo centro de estudos Associação Internacional para Avaliação de Avanços Educacionais (IEA, na sigla em inglês), que tem sede na Holanda, indica que 70% dos estudantes paraguaios entre 13 e 17 anos consideram um regime ditatorial justificável se forem garantidas melhoras na "segurança e na ordem".

O estudo, que foi realizado em 38 países, sendo seis latino-americanos (o Brasil não está entre eles), deve ser publicado em setembro.

Entretanto, o governo paraguaio divulgou nesta semana dados preliminares sobre o país e defendeu que seja feita uma reforma curricular para mudar a maneira como determinados tópicos estão sendo abordados nas escolas.

Ao divulgar os dados, o ministro da Educação do Paraguai, Luis Alberto Riart Montaner, disse que é "preciso rever" o currículo escolar para "corrigir falhas" que poderiam estar levando os alunos a estas interpretações.

Surpresa

"A pergunta foi se as ditaduras se justificam quando trazem ordem e segurança. E 70% responderam totalmente de acordo ou de acordo", disse à BBC Brasil Mirna Vera, diretora-geral de Planejamento do Ministério da Educação do Paraguai.

"Os resultados nos surpreenderam", disse Vera. "Evidentemente, estamos ensinando os conceitos, mas é preciso uma revisão curricular da maneira como alguns assuntos estão sendo abordados no interior das escolas", afirmou.

O Paraguai viveu mais de três décadas de um regime autoritário comandado por Alfredo Stroessner, afastado do poder em 1989 em um golpe de Estado.

Para a pesquisa, foram entrevistados 3.399 alunos de 149 instituições de ensino no Paraguai.

Segundo o governo do país, 87% dos estudantes do sexo masculino pesquisados também responderam que as mulheres deveriam "dar prioridade à educação dos filhos, caso haja pouca disponibilidade de trabalho", deixando mais empregos para os homens.

Entre as estudantes do sexo feminino, 85% disseram concordar com a afirmação.

Fonte: Folha Online

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