"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Será você, e não Deus, quem sai de cena

Junto com uma onda de livros que procuram distorcer certos personagens e certos valores do Evangelho, vão surgindo uma série de outros que buscam negar frontalmente a existência de Deus. Eis alguns títulos nesta linha: “O fim da fé”; “Ateísmo e liberdade”; “Quebrando o encanto”; “Quebrando o feitiço”; “O futuro das religiões”; “O espírito do ateísmo”; “Ateologia”; “Deus não é grande” e “Deus, um delírio”.
Nem é preciso ler todos estes livros, nem um deles por inteiro para perceber que se trata de matéria requentada. Diante destas banalidades com ares científicos de “provas” de que Deus não existe e de que as religiões só levam à desgraça, a gente até fica com saudade daqueles tempos em que havia filósofos que se diziam ateus, mas que tinham um raciocínio mais articulado e mais profundo sobre os mistérios da vida.
Infelizmente, não são estes os mais vendidos e mais lidos. É que hoje, em largos estratos da sociedade, o que está em moda é aquilo que se apresenta como “mais leve”, e mais “chocante”. Para mostrar que se está “in”, é preciso também evocar de novo uma leitura que poucos fazem da obra de Darwin. Estas evocações vagas levam sempre à mesma conclusão: há um conflito insuperável entre ciência e fé.
É tendo este pano de fundo que se entende o título de um artigo publicado em importante jornal do dia primeiro de julho deste ano de 2008: “Deus sai de cena”. Curioso ainda que o texto é foi incluído numa página dedicada à ”ciência”. E naturalmente o artigo era forçoso terminar com uma citação do “genial” Richard Dawkins, para que só pessoas “incrivelmente ignorantes não aceitam o ateísmo”.
Assim seria sinal de ignorância sustentar a existência de um “plano inteligente” por trás das maravilhas de bilhões de espécies e um número incalculável de seres vivos que sempre evoluíram e sempre continuarão evoluindo. Caso invertêssemos o raciocínio, afirmando, com o Livro da Sabedoria, serem ignorantes as pessoas incapazes de perceber a mão do Criador por trás de tantas maravilhas e de tantos mecanismos complexíssimos que se escondem por trás de todas as coisas que existem, particularmente aquelas que “vivem”?
Infelizmente em certas mentes pequenas não cabe a grandeza de um Deus. Entretanto, mesmo as mentes pequenas deverão concordar com uma coisa: Ao longo dos milênios, designado com os mais diversos nomes e compreendido das mais diversas formas, Deus nunca deixou de se fazer presente na história da humanidade. A lógica nos leva a concluir de que nós um dia seguramente desapareceremos da face da terra, mas Deus nunca sairá de cena.

Prof. Dr. Frei Antônio Moser

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A autora

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