"Assisti ontem uma palestra sobre o período joanino no Brasil. Foi muito interessante e com bons pontos para reflexão.
A imagem de D. João VI está aos poucos, não sem dificuldades, sendo resgatada no Brasil. O “fundo do poço” foi o filme Carlota Joaquina de Carla Camuratti. Só no Brasil um filme como este seria patrocinado pelo Banco do Brasil, justamente criado pelo monarca. A Globo depois foi na mesma linha com uma minisérie em que é retratado como um fraco, sem decisão, covarde, glutão.
Napoleão uma vez afirmou que apenas um homem tinha conseguido enganá-lo, e este homem era D. João VI. Foi uma estratégia perfeita. Sem nenhuma condições de resistir às tropas francesas, em completo segredo, foi elaborado um plano de mudança da corte para o Brasil. Não foi uma fuga como se conta, basta apelar à lógica. Como se poderia transportar 15 mil pessoas, com os arquivos necessários para manutenção da burocracia do estado, no completo improviso? Foi a constatação que a mudança foi planejada e executada com sucesso que deixou o imperador perplexo.
Mas a principal mensagem que ficou da palestra foi a defesa da herança portuguesa na formação da nacionalidade. Os índios e negros a enriqueceram, mas nossa nacionalidade deve-se principalmente ao português. Nossos hábitos e costumes são muito mais próximos do europeu do que da África ou dos indígenas. Somos herdeiros da tradição judaico-cristã européia. Sérgio Buarque de Holanda mostrou isso em Raízes do Brasil. Gilberto Freire cunhou a expressão luso-tropicalismo para nos definir.
Muitos não aceitam esta constatação. Querem forçar algo que não existe. Não deixa de ser curioso um país com mais de 95% de cristãos mostrar aos visitantes ilustres que aqui chegam o candomblé como nossa expressão cultural. Ou um show de mulatas. Ou um espetáculo indígena. A verdade é que devemos muito mais ao branco cristão europeu do que aos negros e índios. Queiram ou não, somos herdeiros de Camões, e nossa língua é uma prova disso."
4 comentários:
Se depender de nós do Alfa, celebridade que aqui chegar jamais porá os pés em favelas ou similares. Que vão visitar mazelas em suas proprias terras. O que aqui acontece é ridiculo. Elogia-se o errado e esquece-se o certo. Vide Linha 374. Falam da vida de uma marginal e não de uma jovem professora, vitima da violência.
Embora eu tenha apenas 1/4 de sangue portugues com 1/4 de sangue indio, Charruas, por parte de avós maternos e 1/4 de sangue alemão com 1/4 de sangue espanhol, Bascos, por parte de avós paternos, o que me orgulha mesmo é meu sangue portugues. Sendo esse o único sonho que eu tenho, de fazer uma longa visita por todo Portugal. Quanto a esse pais, há muito tempo que precisa de alguem que coloque ordem nas coisas, que diga NÃO aos desmandos de sucessivos governos. Precisamos de um Rei, independente, com poderes para dissolver qualquer Gabinete de Governo e convocar novas eleições, tantas vezes quantas forem necessárias.
Pois é, prezado do Partido Alfa. Os filmes brasileiros são tendenciosos e horríveis. Me dá até enjoo de falar deles.
Sobre a herança portuguesa, concordo.
Aliás, herança portuguesa é herança européia.
Tenho sangue italiano, português e espanhol. Que bela mistura, não!
Sim, sou monarquista há mais ou menos 3 anos, depois de comparar seriamente os sistemas governamentais, e ver a eficácia de uma Monarquia Constitucional Parlamentarista.
Que venha Dom Luiz I!
Das poucas (infelizmente) coisas que me causam orgulho no Brasil uma é, com certeza, a minha genética portuguesa, já "amaciada" com o sangue africano, que perdeu-se no caminho das gerações. Foi essa raça sul-européia, por demais miscigenada por fenícios, romanos, germânicos, árabes e, sobretudo, judeus, que lançou-se ao mar em nome de Cristo e da Igreja.
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