"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O maior dos brasileiros

Portal M1

"2 de dezembro (1825), dia do natalício do Segundo Imperador do Brasil, Dom Pedro II, ou como posteriormente (no exílio) passou a se descrever, Pedro de Alcântara.

Uma das grandes inspirações da causa monárquica no Brasil contemporâneo, se não a maior, é indubitavelmente a figura conspícua do Magnânimo, Imperador Dom Pedro II, Defensor Perpétuo do Brasil, não só de jure, mas de fato. A imagem de nosso monarca nos rememora um país cheio de esperanças, onde a honra era o bem mais valioso que um homem podia gozar, e o governante era a referência de toda sapiência e solicitude encarnados num príncipe. Democrático por natureza, educado para ser um monarca bem diferente de seu pai; percebemos os frutos da esmerada educação recebida quando em pequenino, durante toda sua vida, desde o período de governo até a “rendição” perante os idealistas da deslustrada república que se formou.

Diante da instabilidade que se instaurou no Brasil recém-republicano, poucos foram que não deixaram, com amargor, de prestigiar os lustrosos anos de grandeza que se viveu naquele Brasil bem distante, e paradoxalmente recente. Sobre o que foi o Brasil com o Magnânimo, e o que posteriormente se tornou, há nos anais do Senado um discurso inflamado e ao mesmo tempo inspirador, de uma dos idealizadores da república, Rui Barbosa (o último verdadeiramente republicano), que abaixo transcrevo:

“A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação. {…] De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime [na Monarquia], o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante [Dom Pedro II], de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade”.

Rememorar o legado de Dom Pedro II é reentronizá-lo no trono de nossas virtudes, e hasteá-lo como pendão de nossa esperança, que é a causa imperial. Sem sequer mencionar os inúmeros títulos que fez jus, tanto na nobiliarquia e em toda forma erudita de expressão humana; sem mencionar o prestigio que foi detentor, não só de seus pares, mas até de anti-monarquistas como ilustrado escritor Victor Hugo, dentre tantos intelectuais e homens que mudaram o mundo; sem nos ater as inúmeras demonstrações de grandeza e desvelo para com sua pátria. Basta dizer que o cidadão Pedro de Alcântara, foi um brasileiro de corpo e alma, não só porque exerceu briosamente seu papel de governante, mas porque foi a figura central de um processo de consolidação histórica que se processou no Brasil. É inspirado nele que sonhamos com um país melhor, um país mais justo, um país que seja e que tenha um povo digno, de um grande homem, como foi o Magnânimo."

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