Blog Educação da VEJA - Mônica Weinberg
"Tramita na Assembléia Legislativa de São Paulo um projeto com um bom propósito: regulamentar a carreira de professor das escolas estaduais, de modo que os mais talentosos tenham perspectivas concretas de avanço – o que hoje inexiste. Se o projeto vingar, serão criados cinco diferentes níveis para a docência. Para pular de degrau, o professor precisará se submeter a uma prova e obter uma boa nota. Simples assim. Do nível 1 ao 2, é necessário, por exemplo, tirar 6. Para ascender ao estágio 3, a nota mínima é 7. Um levantamento encomendado pelo secretário Paulo Renato Souza, que está à frente do projeto, não deixa dúvidas quanto aos efeitos positivos da medida. Se hoje o teto de salário de um professor de ensino fundamental é de 2 760 reais, com a mudança ficará em 5 430 reais – o dobro. Um diretor, por sua vez, poderá chegar a 7 200 reais, contra os atuais 4 200 reais. Basta que ele seja realmente bom no que faz.
Quem se queixa da idéia? A Apeoesp. Isso mesmo: o próprio sindicato dos professores. Os mesmos que, supostamente, seriam os grandes beneficiados nessa história. O sindicato tem duas bandeiras, ambas agitadas pelo mesmo ideário de sempre: o de nivelar todo mundo por igual – e por baixo. Ele defende, antes de tudo, um aumento no piso salarial para todos. Em segundo lugar, critica o fato de o novo projeto prever um número máximo de pessoas a saltar de um estágio para outro de uma vez só. A cada prova, apenas 20% dos candidatos poderão ser alçados de patamar, caso cheguem à nota mínima para tal. Trata-se de uma peneira pela qual só os melhores conseguirão passar. É o que, afinal, torna o plano viável do ponto de vista orçamentário.
E também o que mantém viva a idéia da premiação pelo mérito. Sem isso, os mais brilhantes alunos do ensino médio continuarão a repudiar a carreira de professor. Situação que não dá ao ensino – tradicionalmente sofrível – grandes chances de progresso. Evidentemente, ninguém quer isso. Parece que só o sindicato."
3 comentários:
De qualquer forma teremos professores mal formados e que por sua vez, mal formarão outros...Num círculo viçioso horrendo. Essa proposta de diferenciar entre graus os menos ruins e os piores é, em minha opinião, mais um motivo para deixar os professores mal acostumados e, sem falar no péssimo nível de avaliação.
A propósito, vi aquele tópico sobre a professora que dançou aquela dança...e foi obrigada a abandonar a casa e o trabalho. Parece que a sociedade está com algum pingo de vergonha ainda.
No blog Monarquia Já, iniciei a Semana da Patria, que vai tratar da Independência, até o dia 7, gostaria da sua opinião...
Fique com Deus.
Dionatan da Silveira Cunha
Dionatan, tenho que discordar um pouco.
O projeto até que é bom, mas é como você postou. Não adianta implementá-lo, sem dar uma educação de qualidade aos novos professores, e uma reciclagem aos que já se formaram e estão ensinando.
Semana da Pátria. Traga-nos muittas informações.
Fique com Deus!
Sara Rozante
Sara, digo que o projeto é "capenga" pois a média é baixa. E na verdade qualquer projeto que se faça neste sentido, precisa de prévia organização estrutural, não só deste projeto, mas da educação.
Quanto a Semana da Pátria, conto com todos vocês e obrigado pelo comentário.
Fiquemos todos com Deus!
Dionatan da Silveira Cunha
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