"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

domingo, 24 de abril de 2011

É a Igreja que nos salva

O trecho à seguir, é uma prévia de longos artigos que estou traduzindo (e espero postá-los o mais breve possível):


Em uma entrevista com jornalistas (09/12/1983) Mons. Lefebvre havia anunciado já a ordenação de bispos como uma possível necessidade de consciência: "Je pense quand même qu’apparemment ce serait un acte de rupture avec Rome, qui serait grave. Je dis encore “apparemment", parce que je pense que devant Dieu il est possible que mon geste soit un geste nécessaire pour l’histoire de l’Église, por la continuation de l’Église, […] du sacerdoce catholique. Alors je ne dis pas qu’un jour je ne le ferai pas, mais dans des cinconstances encore plus tragiques" (Tissier 571) [5]. Éstas se produjeron, a su juicio, en la reunión de Asís: "C’est diabolique… C’est une impiété inqualifiable envers Notre Seigneur Jésus-Christ" (ib. 563-564) [6].


São falsas as premissas maiores que levaram ao cisma da FSSPX. E todos os males lefebvrianos procederam e procedem desses erros. O Senhor não necessita de ninguém para salvar Sua Igreja, e por puro amor à Ela, não por necessidade, utiliza para isso normalmente a mediação de seus membros, Pastores e fiéis. Mas utiliza precisamente a mediação ativa de quem, sob o impulso da Sua graça, cumpre humildemente as leis canônicas e os mandatos do Papa. Pelo contrário, violando a lei da Igreja e resistindo à uma vontade que o Papa expressa com sua autoridade de Pastor universal, não pode realizar-se nenhuma ação salvífica. Só podem produzir enormes danos à Igreja. Os pastores que, sem passar pela porta, entram no redil para apascentar o rebanho "são ladrões e salteadores" (São João 10, 1-9).


É a Igreja que nos salva. Na ignorância desta verdade tão central parecem coincidir os modernistas progressistas e os fundamentalistas mais extremos. O Concílio Vaticano II ensina claramente: só a Igreja "é necessária para a salvação" (LG 48; AG 1). Não somos nós que salvamos a Igreja, por muitos problemas que às vezes sofra ela a causa dos erros, abusos e pecados de seus membros. Sai Mons. Lefebvre do esplendor da verdade quando pensa e diz que a ordenação de seus bispos é "un geste nécessaire pour l’histoire de l’Église, por la continuation de l’Église".


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