Fonte: http://www.facebook.com/note.php?note_id=498075324876&id=638536664
Ainda estão gravadas na memória de todos nós as imagens de devastação  e pavor causadas pelos deslizamentos, enxurradas e enchentes que  flagelaram particularmente a região serrana do Rio de Janeiro.
A  dor e a desolação de nossos irmãos, que assim perderam seus entes mais  queridos, suas residências e seus bens, suscitaram em nossas almas esse  sentimento tão brasileiro de comiseração, de piedade e de ajuda. De todo  o Brasil, começaram a afluir para a região sinistrada auxílios dos mais  diversos.
Nos primeiros momentos desta tragédia, o anseio  veemente de meu coração pesaroso era poder de alguma forma levar a  todos esses atingidos o consolo material e sobretudo espiritual de que  mais necessitavam naqueles instantes, mitigando de alguma forma a dor  que em diversos modos e graus os atingia. Motivo pelo qual, antes de  mais, devotei minhas preces a Deus Nosso Senhor a rogar pelo eterno  descanso dos falecidos e pelo conforto de todas as vítimas desta  catástrofe natural, potencializada infelizmente por certo descaso  humano. Seguindo o exemplo de meus maiores – e recordo aqui com afável  emoção a figura determinada e bondosa de minha bisavó a Princesa Isabel –  era também meu desejo poder fazer chegar a esses brasileiros uma ajuda  material que de alguma forma lhes servisse de amparo e lhes  proporcionasse ânimo para um reerguimento.
Ao comunicar  estes meus anseios aos que comigo convivem mais de perto, foi possível,  graças à diligência e operosidade de devotados monarquistas, organizar a  coleta de alimentos, roupas e bens de primeira necessidade. Desde já,  um caminhão com três toneladas destes bens, fruto da generosidade  desprendida de tantos, partirá do interior do Estado de São Paulo, no  próximo dia 31 de janeiro, rumo à região atingida. Meu irmão, o Príncipe  Dom Antonio – diante da impossibilidade de eu o fazer pessoalmente – se  encarregará, em nome da Família Imperial, de liderar o grupo de  voluntários que fará a entrega desses bens. Nesta hora, a Família  Imperial sente-se especialmente unida no sofrimento, mas também no  cristão sentimento de esperança, a todos aqueles física ou moralmente  feridos por tão calamitosos eventos.
Rogo, pois, a Nossa  Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira de nossa Nação, que vele por todos  maternalmente e faça o Brasil reerguer-se do impacto destes flagelos  naturais que o atingiram, bem como dos flagelos morais que vão  dilacerando nossa sofrida sociedade.
Luiz de Orleans e Bragança
Chefe da Casa Imperial do Brasil
 

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