Fonte: Emanuel Basílio Jr.
Por que os esquerdistas gostam tanto de estatais? Por que os líderes partidários querem tanto os altos cargos das estatais? Vamos descobrir. O posto implica poder, verba e, portanto, influência. O objetivo é nomear pessoas "influentes" na administração para arrecadarem verbas para campanhas eleitorais, conforme diversas denúncias publicadas em jornais acusando os Correios, Petrobras, Infraero, Furnas....
O saudoso economista e diplomata Roberto Campos descreveu os responsáveis pela campanha nacionalista “o petróleo é nosso” como um “bando de fetichistas anti-higiênicos que transformaram um líquido fedorento em ungüento sagrado”. Pouco mais de meio século após a criação da Petrobras, o caráter sacro, conferido pelos brasileiros à empresa, continua evidente, ainda mais após a confusão desencadeada pela nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia. Enquanto muitos se sentem ofendidos pela expropriação dos ativos da Petrobras, sinto, na verdade, que o momento é propício para a defesa de um antigo sonho pessoal, que pretendo transformar em campanha: a privatização da empresa.
Podem dizer que é má vontade, mas não sinto orgulho da Petrobras, empresa que nasceu como um monopólio estatal, defendido tanto pela esquerda quanto pelos, pasmem!, “liberais” da UDN. Não creio, tampouco, que Evo Morales tenha roubado o “patrimônio do povo brasileiro”. Na verdade, me preocupa mais o fato de a Petrobras cobrar um dos preços mais altos do mundo por gasolina e ainda ser péssima pagadora do Tesouro nacional. Não se pode dizer o mesmo acerca da relação da empresa com o fundo de pensão Petros, que representa o patrimônio privado dos funcionários da companhia petrolífera.
Segundo Campos, entre 1995 e 1998, o somatório dos dividendos pagos ou propostos ao Tesouro alcançaram R$ 1.606 bilhão. As doações à Petros, no entanto, foram de R$ 2.054 bilhões. Mesmo com as generosas contribuições, a empresa veio a público, em 2005, comunicar que o fundo de pensão e assistência médica de seus empregados – Petros – detém um rombo de R$ 14 bilhões de reais. A solução encontrada pela empresa foi bem a gosto do velho patrimonialismo brasileiro: cobrir o rombo do fundo de pensão com recursos próprios. “Próprios”, no caso, refere-se a recursos públicos, já que a empresa é estatal, e privados, oriundo de seus acionistas. Dessa forma, a empresa fez o milagre da multiplicação de pessoas atingidas pelo rombo que, inicialmente, só deveria atingir os 95 mil beneficiários do fundo.
A manutenção da Petrobras como estatal é defendida pelos nacionalistas tupiniquins por ser a exploração de petróleo área de interesse estratégico. Concordo. Só falta definir de quem é o interesse. Talvez de milhares de artistas que dependem da maior mecenas do país; de políticos que necessitam de uma fonte confiável de financiamento para seus partidos e disputam a tapa a direção da empresa a cada quatro anos; de publicitários que enriquecem à custa da estatal. É engraçado como a estratégia não é percebida pelos países mais ricos do mundo que, na verdade, fazem o caminho oposto ao que é seguido pela América do Sul. Basta observar, por exemplo, que gigantes petrolíferas, como a britânica British Petroleum e a italiana ENI foram privatizadas ao longo das últimas décadas.
Após o surto de privatizações que, infelizmente, durou pouco no Brasil, o que pôde ser observado é que houve ganho de eficiência por parte das empresas, beneficiando, assim, os consumidores e o próprio Estado brasileiro. Hoje em dia, a União ganha mais com a Vale do Rio Doce funcionando como empresa privada do que quando a mineradora era estatal e, portanto, guiada por decisões políticas e não econômico-financeiras. É falso, portanto, o raciocínio que alega serem os interesses da Petrobras convergentes com o interesse nacional. Enquanto a estatal luta para preservar seus privilégios, o consumidor e o Estado arcam com o preço necessário para se manter a empresa em um mundo jurássico, distante da competição do livre mercado.
Ante tudo o que foi exposto, creio que a única forma de fazer a Petrobras, realmente, atender o interesse nacional é exorcizá-la da presença do Estado, que domina 51% de duas ações e determina grande parte de seu comportamento irracional, seja na Bolívia, seja o Brasil. Pronto. A campanha pela privatização da Petrossauro está lançada.
Instituto Millenium
A privatização é um meio de elevar a qualidade dos serviços públicos há muito combalidos por governos ineficientes e corruptos que penduram seus parentes, muitos sem experiência no ramo das empresas em questão.
Por que os esquerdistas gostam tanto de estatais? Por que os líderes partidários querem tanto os altos cargos das estatais? Vamos descobrir. O posto implica poder, verba e, portanto, influência. O objetivo é nomear pessoas "influentes" na administração para arrecadarem verbas para campanhas eleitorais, conforme diversas denúncias publicadas em jornais acusando os Correios, Petrobras, Infraero, Furnas....
O saudoso economista e diplomata Roberto Campos descreveu os responsáveis pela campanha nacionalista “o petróleo é nosso” como um “bando de fetichistas anti-higiênicos que transformaram um líquido fedorento em ungüento sagrado”. Pouco mais de meio século após a criação da Petrobras, o caráter sacro, conferido pelos brasileiros à empresa, continua evidente, ainda mais após a confusão desencadeada pela nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia. Enquanto muitos se sentem ofendidos pela expropriação dos ativos da Petrobras, sinto, na verdade, que o momento é propício para a defesa de um antigo sonho pessoal, que pretendo transformar em campanha: a privatização da empresa.
Podem dizer que é má vontade, mas não sinto orgulho da Petrobras, empresa que nasceu como um monopólio estatal, defendido tanto pela esquerda quanto pelos, pasmem!, “liberais” da UDN. Não creio, tampouco, que Evo Morales tenha roubado o “patrimônio do povo brasileiro”. Na verdade, me preocupa mais o fato de a Petrobras cobrar um dos preços mais altos do mundo por gasolina e ainda ser péssima pagadora do Tesouro nacional. Não se pode dizer o mesmo acerca da relação da empresa com o fundo de pensão Petros, que representa o patrimônio privado dos funcionários da companhia petrolífera.
Segundo Campos, entre 1995 e 1998, o somatório dos dividendos pagos ou propostos ao Tesouro alcançaram R$ 1.606 bilhão. As doações à Petros, no entanto, foram de R$ 2.054 bilhões. Mesmo com as generosas contribuições, a empresa veio a público, em 2005, comunicar que o fundo de pensão e assistência médica de seus empregados – Petros – detém um rombo de R$ 14 bilhões de reais. A solução encontrada pela empresa foi bem a gosto do velho patrimonialismo brasileiro: cobrir o rombo do fundo de pensão com recursos próprios. “Próprios”, no caso, refere-se a recursos públicos, já que a empresa é estatal, e privados, oriundo de seus acionistas. Dessa forma, a empresa fez o milagre da multiplicação de pessoas atingidas pelo rombo que, inicialmente, só deveria atingir os 95 mil beneficiários do fundo.
A manutenção da Petrobras como estatal é defendida pelos nacionalistas tupiniquins por ser a exploração de petróleo área de interesse estratégico. Concordo. Só falta definir de quem é o interesse. Talvez de milhares de artistas que dependem da maior mecenas do país; de políticos que necessitam de uma fonte confiável de financiamento para seus partidos e disputam a tapa a direção da empresa a cada quatro anos; de publicitários que enriquecem à custa da estatal. É engraçado como a estratégia não é percebida pelos países mais ricos do mundo que, na verdade, fazem o caminho oposto ao que é seguido pela América do Sul. Basta observar, por exemplo, que gigantes petrolíferas, como a britânica British Petroleum e a italiana ENI foram privatizadas ao longo das últimas décadas.
Após o surto de privatizações que, infelizmente, durou pouco no Brasil, o que pôde ser observado é que houve ganho de eficiência por parte das empresas, beneficiando, assim, os consumidores e o próprio Estado brasileiro. Hoje em dia, a União ganha mais com a Vale do Rio Doce funcionando como empresa privada do que quando a mineradora era estatal e, portanto, guiada por decisões políticas e não econômico-financeiras. É falso, portanto, o raciocínio que alega serem os interesses da Petrobras convergentes com o interesse nacional. Enquanto a estatal luta para preservar seus privilégios, o consumidor e o Estado arcam com o preço necessário para se manter a empresa em um mundo jurássico, distante da competição do livre mercado.
Ante tudo o que foi exposto, creio que a única forma de fazer a Petrobras, realmente, atender o interesse nacional é exorcizá-la da presença do Estado, que domina 51% de duas ações e determina grande parte de seu comportamento irracional, seja na Bolívia, seja o Brasil. Pronto. A campanha pela privatização da Petrossauro está lançada.
Instituto Millenium
A privatização é um meio de elevar a qualidade dos serviços públicos há muito combalidos por governos ineficientes e corruptos que penduram seus parentes, muitos sem experiência no ramo das empresas em questão.
Uma empresa deve ser auto-sustentável. Qual o lucro do governo manter uma empresa usando dinheiro de impostos?
O papel dos governos deve ser intervir quando for chamado, em casos de emergência a fim de que não haja problemas para o mercado em geral e para a economia, principalmente quando esse tipo de empresa trabalha com commodities.
Viva o capitalismo nacional! Abaixo a mentalidade anti-capitalista/ anti-privatista, que demoniza esse fenômeno saudável à economia brasileira!
O papel dos governos deve ser intervir quando for chamado, em casos de emergência a fim de que não haja problemas para o mercado em geral e para a economia, principalmente quando esse tipo de empresa trabalha com commodities.
Viva o capitalismo nacional! Abaixo a mentalidade anti-capitalista/ anti-privatista, que demoniza esse fenômeno saudável à economia brasileira!
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