"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Imbecil Coletivo no ataque à Igreja

Fonte: Mídia Sem Máscara

Salta aos olhos um misto de cinismo e incoerência no fato de que quem critica a pedofilia o faz baseado na moral cristã.

Peço licença ao professor Olavo de Carvalho para usar a expressão "Imbecil Coletivo", com a qual satirizou a intelectualidade e os pseudoletrados esquerdistas que, ocupando posições chaves para a penetração intelectual e moral no seio da sociedade, desde há muito vem concorrendo para o declínio da vida cultural brasileira.

Agora, o "Imbecil Coletivo" volta em grande estilo na discussão da moda: a pedofilia na Igreja.

É preciso ser muito idiota para não perceber que existe uma campanha global muito bem orquestrada para desmoralizar a Igreja e o Papa.

Não podemos esquecer que a Igreja, embora seja composta por criaturas humanas, portanto, falíveis - teologia da libertação à parte -, ainda é o grande obstáculo às investidas dos ofensores da civilização ocidental: o iluminismo laico, o materialismo, o relativismo moral e até o avanço islâmico, que a estão destruindo.

Com umas poucas perguntas incômodas, podemos demolir os argumentos do imbecil coletivo, "in limine":

Por que tanto se enfatiza como "crime" a pedofilia na Igreja e se silencia sobre a crescente erotização das crianças no resto do mundo?

Por que a mídia não se preocupa em acusar os padres que violam o celibato, quando se sabe que tal ocorrência é milhares de vezes mais frequente que a pedofilia? Um oportuno exemplo é o "bispo" Lugo - o presidente paraguaio que seduziu uma porção de meninas e ficou tudo por isso mesmo. No máximo, chargistas caricaturam tais estripulias sexuais e as notícias a respeito, quando muito, limitam-se aos cantos de página.

Por que ninguém se escandaliza nem denuncia como criminosa a prática sexual vigente em "países" islâmicos como Irã, Palestina e Afeganistão onde meninas com 10 anos de idade são "doadas" para casamentos de conveniências?

Por que o silêncio sobre a perversão sexual de Mao Tse Tung, um dos maiores pedófilos da história? Será por veneração à imagem do "Grande Timoneiro" (e genocida) comunista?

E, sendo Mao - mito comunista - um notório pedófilo, por que ninguém tampouco extrapola a acusação de pedofilia para todos os comunistas, como se estende para a Igreja o mau comportamento de alguns sacerdotes? Será que a máxima dos comunistas brasileiros de que "não comem criancinhas" tem algo a ver com isso?

Falando sério, salta aos olhos um misto de cinismo e incoerência no fato de que quem critica a pedofilia o faz baseado na moral cristã. A pedofilia sempre existiu na história da humanidade. Só passou a ser condenada e combatida sistematicamente com o advento do Cristianismo. Curioso, não? O feitiço contra o feiticeiro.

Desperta curiosidade, também, os clérigos que militam no PT apoiando a luta de classes e os invasores de propriedades privadas não ocuparem as manchetes como violadores de princípios cristãos que pregam a fraternidade e condenam a cobiça dos bens alheios.

Portanto, os inimigos da Igreja utilizam-se de valores cristãos para desmoraliza-la, valendo-se de descabidas generalizações para submeter Sua Santidade, o representante de Cristo e sucessor de São Pedro, à justiça de César. A insistência com que os detratores têm pinçado casos do passado distante para incriminar o Santo Padre nos remete a mais duas perguntas incômodas.

Por que estes "justiceiros" globais nem cogitam levar às barras dos tribunais um daqueles aiatolás que além de terem várias esposas adolescentes ainda mandam matar os opositores do regime?

Por que aqueles que apregoam que, por ser o líder da Igreja, o papa deve responder em juízo pelos "crimes" de uns quantos padres mal comportados se, por outro lado, não concordam que Lula, por ser o chefe do governo e presidente honorário do PT, também deva responder pelos atos criminosos praticados pelos "aloprados" e outros "cumpanheiros" da quadrilha do Mensalão que vivem ao seu redor?

A Igreja tem sua hierarquia, seus códigos e regulamentos e não tem que tratar com publicidade os casos que são denunciados. Será que só ao Vaticano não é dado o direito do "segredo de Justiça"?

Além disso, a Igreja é a instituição do perdão. Se nem a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - que deveria ser o arauto da Justiça - divulga as violações de conduta dos advogados ou magistrados e ninguém fica indignado por isso, por que a Igreja iria fazê-lo?

Tantos são os argumentos sobre este tema que poderíamos estendê-lo por muitos parágrafos mais e talvez até o assunto ensejasse a edição de um Imbecil Coletivo III, pelo ilustre professor Olavo.

Para não mais cansar o leitor, deixo aqui um último exemplo - a coisa mais idiota que já ouvi nos últimos tempos - e que apenas serve para provar o intento difamatório contra a Igreja.

O senso comum das pessoas cujas psiques tiveram o senso crítico amortecido e posteriormente modificado é que o grande culpado pela endêmica propagação da AIDS na África é a Igreja, já que não aprova o uso da camisinha. Tal argumento embute a premissa de que a camisinha é garantia de não contaminação, o que de per si é falso, mas isso é outra história... .

Agora, bastam dois neurônios e uma única sinapse para um ponto final. Se, como dizem os imbecis, a AIDS se espalha porque a Igreja proíbe a camisinha, então, o corolário que se impõe é que os fiéis nesses países seguem rigorosamente os mandamentos da Igreja. Ora, mas a Igreja também proíbe a pratica sexual antes e fora do casamento; só que a realidade mostra que tal proibição é letra morta. Então, para aquela observação ser verdadeira, o povo teria que ser extremamente seletivo para escolher quais mandamentos vai seguir. Ou seja, transar não pode, mas eu transo. Usar camisinha também não pode, e isso eu respeito porque a Igreja proíbe...

Francamente! Se alguma epidemia há, é a de burrice.

Jorge Luiz Baptista Ribeiro é engenheiro metalúrgico e pós-graduado em Marketing pela FGV.

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A autora

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