Retirado do Blog Shalom - Carmadélio
Infelizmente muitos estudantes secundários e universitários têm uma visão deformada a respeito da Igreja Católica, sua vida e sua História e sua belissima contribuição para o mundo e para a civilização.
Infelizmente muitos estudantes secundários e universitários têm uma visão deformada a respeito da Igreja Católica, sua vida e sua História e sua belissima contribuição para o mundo e para a civilização.
Eu, como professor de História graduado pela Universidade Estadual do Ceará experimentei todo o preconceito histórico existente contra a Igreja advinda principalmente da análise marxista da História pela maioria dos profesores e pelo desconhecimento da verdade sobre a participação da Igreja na história mundial.
Tive professsores absolutamente fechados a uma análise cientifica e imparcial da participação da Igreja, inclusive na História do Brasil, onde criticar a Igreja fazia parte da demonstração de ser um suposto professor bem preparado e não conservador, afinal, o marxismo, ninho ideológico onde foram formados, tem como inimigo declarado a Igreja e sua doutrina por sua firme posição contra seus principios ateus e materialistas.
O Papa João paulo II,confirmam todos os Históriadores, foi um dos maiores responsáveis pela queda do regime comunista na Europa.
Já reaprou que isso quase ninguém fala ?
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Felipe de Aquino
Porque este preconceito hoje inclusive de alunos cristãos ? Isto tem muito a ver com a imagem errada que muitos professores, de várias disciplinas, especialmente História, lhes passam. Isto gera nos estudantes uma aversão à Igreja desde os bancos escolares. Também a mídia, muitas vezes, cujos elementos foram formados nas mesmas universidades, é a causa de uma visão negativa e deturpada da Igreja.
O livro “Código da Vinci”, e depois o filme de mesmo nome, bem como inúmeras matérias fantasiosas sobre a Igreja, sem provas históricas ou científicas, aumentaram em todo o mundo, ainda mais, esta visão de que a Igreja Católica é uma Instituição corrupta, perversa, que inventou a divindade de Cristo, e que sobre este mito criou uma Instituição poderosa e dominadora, e que a custa de sangue sempre se impôs ao mundo.
É hora de os jovens estudantes, especialmente os católicos, conhecerem o outro lado dessa “História” que é mal contada nas escolas.
Hoje é lhes mostrado apenas as “sombras” da vida da Igreja, mas há uma má vontade imensa que encobre as “luzes” brilhantes de sua História de 2000 anos. Uma bem montada propaganda laicista no mundo anti-Igreja Católica, envenena os jovens e os joga contra a Igreja.
Foi a Igreja quem salvou e quem moldou a nossa rica Civilização Ocidental da qual nos orgulhamos, onde se preza a liberdade, os direitos humanos, o respeito pela mulher e por cada pessoa. Sem o trabalho lento e paciente da Igreja durante cerca de dez séculos, após a queda do Império Romano e a ameaça dos bárbaros, o Ocidente não seria o mesmo.
Foi esta civilização moderna, gerada no bojo do Cristianismo que nos deu o milagre das ciências modernas, a saudável economia de livre mercado, a segurança das leis, a caridade como uma virtude, o esplendor da Arte e da Música, uma filosofia assentada na razão, a arquitetura, as universidades, as Catedrais e muitos outros dons que nos fazem reconhecer
A responsável por tudo isto foi a Igreja Católica, diz o historiador americano Dr. Thomas Woods, PhD de Harvard, nos EUA. Ele afirma que: “Bem mais do que o povo hoje tem consciência, a Igreja Católica moldou o tipo de civilização em que vivemos e o tipo de pessoas que somos. Embora os livros textos típicos das faculdades não digam isto, a Igreja Católica foi a indispensável construtora da Civilização Ocidental.
A Igreja Católica não só eliminou os costumes repugnantes do mundo antigo, como o infanticídio e os combates de gladiadores, mas, depois da queda de Roma, ela restaurou e construiu a civilização”. [T. Woods, 2005].
Em sua obra o Dr. Thomas apresenta muitas referências de historiadores atuais que confirmam o trabalho da Igreja na construção da Civilização Ocidental. Há hoje no mundo um anti-Catolicismo. É dito aos jovens, que a História da Igreja é uma história de ignorância, repressão, atraso e estagnação, quando a realidade é exatamente o contrário, como têm mostrado muitos historiadores.
É preciso saber distinguir entre a “Pessoa” da Igreja, fundada por Cristo, divina, santa, e as “pessoas” da Igreja que são seus filhos, santos e pecadores. Muito se exagera, por exemplo, sobre a Inquisição e as Cruzadas; e se quer analisá-las fora do contexto da época. Isto é um absurdo histórico; ninguém pode entender um fato fora do seu contexto moral, social, psicológico, religioso, etc., da época.Um texto retirado do contexto se torna pretexto; e neste caso para se atacar, denegrir e tentar destruir a Igreja Católica, como se ela fosse vencível neste mundo.
A maioria das pessoas reconhece a influência da Igreja na música, na arte e na arquitetura, mas a influência da Igreja foi muito maior do que se pensa e se conhece. Muitos, mal informados, pensam que centenas de anos antes da época do Renascimento (séc.XVI), a Idade Média, foi um tempo de ignorância e repressão intelectual, sem brilho, como se fosse um tempo negro onde se imperou somente a superstição e a magia, como se em nome de Jesus Cristo, a ciência e o progresso fossem banidos. Nada mais errado. A Idade média cristã foi, na verdade, um tempo de grande desenvolvimento religioso, cultural e artístico.
Nossa Civilização tem uma enorme dívida com a Igreja pelo sistema universitário, pelo trabalho de caridade realizado, pelo advento da lei internacional, o desenvolvimento das ciências, das artes, da música, do direito, da economia e muito mais, como veremos adiante. A Igreja Católica salvou e construiu a Civilização Ocidental. Com muita rapidez os críticos da Igreja Católica levantam e expõem os erros dos seus filhos em todos os tempos, mas, solertemente escondem as grandes realizações da Igreja em prol da humanidade.
O Dr. Thomas Woods mostra que nos últimos quinze anos, muitos historiadores e pesquisadores como A.C. Crombie, David Lindberg, Edward Grant, Stanley Jaki, Thomas Goldstein, J. L. Heilbron, Rodney Stark, Alvin Schmidt, Robert Phillips, Kenneth Pennington, Daniel Rops, Joseph Needhem, Charles Montalembert, Joseph Mac Donnell, Phillip Hughes, David Knowles, William Lecky, Harold Broad, Michel Davies, Jean Gimpel e muitos outros, mostraram a grande contribuição da Igreja para o desenvolvimento de nossa atual Civilização.
Por exemplo, a contribuição da Igreja para o desenvolvimento da ciência foi enorme; muitos cientistas foram padres: Pe. Nicholas Steno, é considerado o “pai da geologia”.
O “pai da egiptologia” foi o padre Athanasius Keicher.
A primeira pessoa a medir a taxa de aceleração de um corpo em queda livre foi o Pe. Giambattista Riccioli.
Pe Rober Boscovitch é considerado o pai da moderna teoria atômica. Os jesuítas se dedicavam ao estudo dos terremotos tal que a sismologia veio a ser conhecida como a “ciência Jesuítica”. Trinta e cinco crateras da lua foram nomeadas por cientistas e matemáticos jesuítas.
J. L. Heilbron (1999), da Universidade da Califórnia em Berkeley, disse que: “A Igreja Católica Romana deu mais suporte financeiro e social ao estudo da astronomia por mais de seis séculos do que qualquer outra instituição”. Woods afirma que “o verdadeiro papel da Igreja no desenvolvimento da ciência moderna permanece um dos mais bem guardados segredos da história moderna”
Foram os monges da Igreja que preservaram a herança literária do mundo Antigo após a queda de Roma diante dos bárbaros em 476.
Reginald Grégoire (1985) afirma que os monges deram “a toda a Europa… uma rede de fábricas, centros de criação de gado, centros de educação, fervor espiritual, … uma avançada civilização emergiu da onda caótica dos bárbaros”. Ele afirma que: “Sem dúvida alguma S. Bento (o mais importante arquiteto do monaquismo ocidental) foi o Pai da Europa. Os Beneditinos e seus filhos, foram os Pais da civilização Européia”.
O desenvolvimento do conceito de “lei internacional” é atribuída aos pensadores dos séc. XVII e XVIII, mas na verdade surgiu no séc. XVI nas universidades espanholas católicas e foi o Padre Francisco de Vitória, professor, quem ganhou o título de “pai da lei internacional”.
A lei ocidental é uma dádiva da Igreja; a lei canônica foi o primeiro sistema legal na Europa, o que deu início ao primeiro corpo coerente de leis.
Segundo Harold Berman (1974), “foi a Igreja que primeiro ensinou ao homem ocidental um sistema moderno de lei. A Igreja primeiro ensinou que conflitos, estatutos, casos, e doutrina podem ser reconciliadas por análises e sínteses”.
A formulação dos direitos, que surgiu da civilização ocidental, não veio de John Locke e Thomas Jefferson, mas muito antes, das leis canônicas da Igreja Católica.
Alguns historiadores de economia antiga afirmam que a moderna economia, surgiu com Adam Smith e outros teóricos da economia do séc. XVIII, mas estudos recentes estão mostrando a importância do pensamento econômico dos Escolásticos da Igreja, particularmente os teólogos católicos espanhóis e séc. XV e XVI. O grande economista Joseph Schumpeter considera que esses pensadores católicos foram os fundadores da ciência econômica moderna.
Referências Bibliográficas:
- Woods, Thomas E. Jr, “The Church and the Market: A Catholic Defense of the Free Economy”; Lanham, Md.: Lexington, 2005, p. 87, 89, 93.
- Woods, Thomas Jr, “How the Catholic Church Built Western Civilization”; Regury Publishing Inc., Washington, DC, 2005.Wright, Jonathan, “The Jesuits: Missions, “Myths and Histories”, London: Harper Collins, 2004, pp. 18-19.
- Heilbron, John L., “The Sun in the Church: Cathedrals as Solar Observatories – Cambridge: Harvard University Press, 1999, 3.
- Grègoire, Reginald; Moulin, Léo and Ourse, Raymond, “The Monastic Realm”: NY, Rizzoli, 1985, p. 271; idem, p. 35.
- Berman, Harold J., “The Influence of Christianity Upon the Development of Law”, Oklahoma Law Review ,12 (1959), 93.
- Berman, Harold, “The Interaction of Law and Religion” (Nashville Tenn.: Abringdem Press, 1974; p. 59.
- Bettencourt, Estevão, “A Idade Mdia, os Monges e o Progresso”, Revista: “Pergunte e Responderemos, Nº 347 – Ano – 1991 – p. 177.
Schumpeter, Joseph, “ A History of Economic Analysis”, N. Y., Oxford University Press, 1954, p. 97.
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