"Já não bastava a tradicional querela entre flamengos e valões: o Rei Alberto II vê agora a Bélgica dividir-se por causa de uma proposta para separar a Igreja do Estado.
A ideia do senador socialista Philippe Mahoux é impor uma neutralidade estrita que, segundo os críticos, pode ir ao ponto de obrigar a retirada de cruzes nas campas dos cemitérios.
O projecto de lei, redigido em termos muito vagos, foi apresentado há dois anos e começou ontem a ser discutido na comissão de Assuntos Institucionais do Senado. O senador Jean Jacques de Gucht, um dos apoiantes da proposta, acusou os críticos de manipulação e explicou ao diário Le Soir que "o objectivo não é começar uma tempestade iconoclasta".
O projecto visa ainda proibir os hospitais católicos de recusar praticar a eutanásia e impor mudanças no protocolo de Estado."
3 comentários:
Quero ver imporem o mesmo aos judeus e muçulmanos, porque esses não deixam passar impunemente uma decisão dessas.
E ainda dizem que nós, católicos, não somos perseguidos!
E o pior de tudo, caro Theophilus, é como o Jefferson do In Praelio disse. Com esse pessoal é dois pesos e duas medidas.
No caso dos minaretes proibidos lá na Suíça, se rebelam, mas aos católicos e sua herança cultural, só faltam fazer um holocausto.
Senhor, ajude-nos nesses tempos de grande tribulação!
Sara Rozante
Prezada Sara,
No fim das contas, tudo não passa de uma hipocrisia, mesmo. Não há o mero objetivo de separar a Igreja e o Estado e, sim, com toda a certeza, erradicar a manifestação religiosa em público, primeiro passo para exterminar a religião definitivamente, em todas as instâncias.
Pode ficar certa que se essa truculentíssima medida ateísta for levada a cabo e mesmo assim persistir a religiosidade adstrita a recintos fechados, eles continuarão incomodados e farão nova proposta tentando proibir o exercício da crença religiosa também em lares e igrejas.
O ateísmo virulento, nesse estilo europeu, é uma das piores formas de intolerância de toda a história e não se distingue muito daquele dos estados comunistas. Embora ainda não se realize repressão sistemática à religião, a antipatia dissimulada e consubstanciada numa suposta ordem legal e pretensões à neutralidade é a mesma. Não é mera coincidência que por trás dessas ações e medidas que devastam a Europa estão políticos socialistas, certamente saudosos dos regimes totalitários do Leste e da URSS.
É, caríssima e Theophilus ... Temos que concordar com Olavo de Carvalho, que vem batendo nessa tecla há muitos anos: a queda do muro de Berlim não passou de um marketing furado. O comunismo, socialismo, marxismo, tudo que essas drogas têm de ruim e acarretam NÃO acabaram ali, mas ficaram latentes, urdindo novas formas de contaminar a humanidade, desta feita, sutis, lentas e disfarçadas cuidadosamente com a máscara da legalidade.
Já li em algum lugar, por isso não vou dar o crédito: eis a União das Repúblicas Socialistas Européias - ou apenas União Européia, para não dar muito na cara.
Eduardo
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