"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; Imutáveis os Seus preceitos; Irrevogáveis pelos séculos eternos; Instituídos com justiça e eqüidade." - Salmo 110, 7-8

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A inveja é a força motriz por trás do socialismo

Usina de Letras

"A PERSPECTIVA DE UM IMIGRANTE RUSSO

Na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, eu fui ensinada a acreditar que atividades individuais eram egoístas e a sacrificá-las para o bem coletivo que é nobre.

No jardim de infância, cantamos canções sobre Lenin, o líder da Revolução Socialista. Na escola, aprendemos sobre o belo sistema socialista, onde todos são iguais e tudo é justo; sobre o capitalismo aprendemos que é feio, onde as pessoas são exploradas e tratam-se umas as outras como lobos no deserto.

Viver na URSS modela o ideal socialista. A religião baseada em Deus foi suprimida e substituída pela adoração e culto a figuras políticas.

Por Svetlana Kunin

O salário atribuído pelo governo ao proletariado (blue-collar worker) foi de 30% - 50% superior ao de qualquer profissional. Sem incentivo para melhorar de vida, os profissionais foram esquecidos. Eles - os engenheiros, advogados, médicos, professores - ganhavam um salário determinado pelo governo que mal cobria suas necessidades, principalmente de alimentação.

Criar os filhos era uma dificuldade. Era necessário o trabalho de quatro a seis adultos (pais e avós) para apoiar uma criança. O tamanho habitual da família pós-guerra foi de um ou dois filhos. Toda mulher tinha o direito de fazer um aborto e a maioria delas o fez, muitas vezes sem anestesia.

Há uma realidade histórica comparativa que joga fora as consequências das duas ideologias opostas: a vida na União Soviética e na América. Em 1917, quando o trabalhador começou sua marcha para o paraíso - a Revolução Socialista - muitas pessoas emigraram da Rússia para os EUA

Na URSS, a igualdade econômica foi alcançada através da redistribuição da riqueza, assegurando que todos ficassem igualmente pobres, com exceção daqueles que estavam fazendo a redistribuição. Apenas a classe dominante dos dirigentes comunistas teve acesso às lojas especiais, medicamentos e acomodações.

O resto dos cidadãos teve que lidar com a escassez permanente de alimentos e outras necessidades, e tinham acesso livre, porém inferior, insalubre e de baixa tecnologia de cuidados médicos. A utopia igualitária da igualdade, conseguida pelo sacrifício do auto-interesse individual em prol do bem coletivo, levou à corrupção, ao mercado negro, a raiva e a inveja.

Quando o presidente Nikita Khrushchev lançou luz sobre os fatos de Stalin e seus expurgos, foi que as pessoas souberam do terrível expurgo de mais de 20 milhões de cidadãos, assassinados como inimigos do Estado.

Aqueles que deixaram a Rússia encontraram um conjunto diferente de valores nos Estados Unidos: a liberdade de religião, de expressão, atividades individuais, o direito à propriedade privada e da livre iniciativa. A maioria desses imigrantes conseguiu uma vida melhor para si e para seus filhos nesta terra capitalista.

Estas oportunidades permitiram à média dos imigrantes a viver uma vida melhor que a de muitos da elite do Partido Comunista Soviético. O livre exercício da livre iniciativa pessoal levou a prosperidade. A prosperidade gera caridade, beneficiando o bem coletivo.

Os descendentes desses imigrantes que se movimentam pela América não vêem nas propostas políticas atuais os valores que deram a tantos imigrantes a possibilidade de uma vida melhor. Políticas como a medicina nacionalizada, os altos impostos e a intrusão do governo na livre iniciativa estão sendo vendidos para nós, sob o lema socialista de salvação coletiva.

O socialismo faliu e toda a sociedade, enquanto que o capitalismo tirou mais gente da pobreza que qualquer outro sistema. Não existe uma sociedade perfeita. Não há pessoas perfeitas. Críticos dizem que a ganância é a força motriz do capitalismo. Minha resposta é que a inveja é a força motriz do socialismo. Mudar para o socialismo não significa uma melhoria sobre as imperfeições do sistema atual.

Os slogans da "justiça e igualdade" soam melhor do que os "slogans" do capitalismo. Mas, ao contrário, no início do século 20, quando esses slogans e idéias ainda estavam sendo testados, já tínhamos acumulado a realidade da história.

Hoje não temos que definir o melhor slogan, mas olhar os fatos acumulados. Podemos comparar a ideologia que leva à maior opressão e a que traz mais oportunidades.

Quando eu vim para a América em 1980 e experimentava a vida neste país, eu pensei: é uma sorte, não sei como os que vivem na URSS podem suportar ser tão infelizes.

Agora em 2009, eu percebo quão lamentável é que muitos americanos não entendam como eles são felizes. Eles votaram para dar mais poder ao governo, sem compreender as conseqüências."
Por Svetlana Kunin, Stamford, Conn

2 comentários:

Evandro Monteiro disse...

Sara, quanto à sua indagação: “O que mais me intrigou, foi essa parte do seu texto: "Para finalizar, tomemos muito cuidado com os infiéis...”

Leia esta minha postagem do ano passado, que refere a uma marcha ecumênica promovida pela CNB do B:

http://ocruzadomissionario.blogspot.com/2008/10/cnbb-sempre-ela.html

Note na foto a presença de muçulmanos... Olha, você já já ouviu falar de marchas por liberdade religiosa, com a participação de maometanos em países maometanos?
Muito pelo contrário, como podemos constatar no Egito, na Nigéria, na Indonésia e principalmente no Paquistão!
Quanto à sua conhecida que é socialista e muçulmana: pode até ser boa pessoa, mas que é adepta de duas pragas, ah, isso é.
E nada melhor do que o testemunho dequem viveu sob a barbárie vermelha. Ótimo texto.

Sara Rozante disse...

Realmente, caro Evandro. O que mais vemos são perseguições de cristãos em países islâmicos, e não essa tal liberdade religiosa.
E ainda vêm com essas caras de "santinhos", querendo um respeito que não têm.
Fique com Deus!

Sara Rozante

A autora

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