EFE
"Entre 900 e 1.000 pessoas se juntaram em toda a Bolívia à greve de fome iniciada pelo presidente Evo Morales para exigir ao Congresso a aprovação da lei eleitoral que permita a realização de um pleito geral em dezembro.
O anúncio desta mobilização foi feito na noite desta quinta-feira pelos dirigentes da Central Operária Boliviana e da Coordenação Nacional pela Mudança (Conalcam), que acompanham Morales em uma medida de protesto que - segundo asseguraram - não abandonarão até que a lei eleitoral seja aprovada.
Fontes do Palácio do Governo de La Paz indicaram à Agência Efe que Morales se encontra em bom estado após seu primeiro dia de greve de fome, que o levou a suspender uma viagem a Cuba que estava prevista para hoje.
O porta-voz presidencial, Ivan Canelas, explicou esta manhã que Morales continua trabalhando, apesar da greve de fome.
A crise política na Bolívia ganhou força com as divergências para aprovar um regime eleitoral transitório obrigado pela nova Constituição para poder realizar o pleito geral previsto inicialmente para dezembro.
O Congresso Nacional realiza desde a tarde da quarta-feira uma longa sessão que já dura mais de 30 horas para tentar o consenso entre governistas e opositores.
Embora tenham sido registrados alguns avanços e a norma em primeira instância (não de forma definitiva) tenha sido aprovada, a situação continua complicada, porque boa parte dos parlamentares opositores abandonou a sessão.
A oposição rejeita o projeto de lei apresentado pelo Governo, porque considera que dá vantagens a Morales para ser reeleito em dezembro.
Os principais pontos de divergência são o censo eleitoral, a reserva de uma quota de cadeiras para setores indígenas, e o voto dos bolivianos no exterior."
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